segunda-feira, 11 de abril de 2011

Monteiro Lobato



O maior escritor infantil brasileiro de todos os tempos, José Bento Monteiro Lobato, nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté (SP). 
Cresceu numa fazenda, se formou em direito sem nenhum entusiasmo, já que sempre quis ser pintor! Desenhava bem!
Quando estudante, participou do grupo "O Cenáculo" e entre risadas e leituras insaciáveis, escreveu crônicas e artigos irreverentes. 
Em 1907 foi para Areias como promotor público, casou com Maria Pureza com quem teve três filhos.
Entediado com a vida numa cidade pequena, escreveu prefácios, fez traduções
Mudou para a fazenda Buquira, tentou modernizar a lavoura arcaica, e criou o polêmico "Jeca Tatu" .
Fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre o SACI publicada no Jornal O Estado de São Paulo.
Em 1918 lançou, com sucesso, seu primeiro livro de contos URUPÊS.
Fundou a Editora Monteiro Lobato & Cia, melhorando a qualidade gráfica vigente, lançando autores inéditos e chegando à falência.
Em 1920 lançou A MENINA DO NARIZ ARREBITADO, com desenhos e capa de Volt olino, conseguindo sua adoção em escolas e uma edição recorde de 50.000 exemplares.
Fundou a Cia Editora Nacional no Rio de Janeiro. 
Foi convidado pra ser adido comercial em New York ficou, e ficou lá por 4 anos (de 1927 a 1931)
Fascinado por Henry Ford, pela metalurgia e petróleo. Perdeu todo seu dinheiro no crash da bolsa. 
Voltou para o Brasil, se jogou na Campanha do Petróleo, fazendo conferências, enviando cartas, conscientizando o país inteiro da importância do óleo.
Percebeu, então, o quanto era conhecido e popular. 
Participou da Editora Brasiliense
Morou em Buenos Aires, foi simpatizante comunista, escrevendo para crianças ininterruptamente e com sucesso estrondoso, traduziu muito e teve suas obras traduzidas.
Suas obras completas são constituídas por 17 volumes dirigidos às crianças e 17 para adultos englobando contos, ensaios, artigos e correspondência.
Morreu em 4 de julho de 1948 dum acidente vascular
Obras 

Obras para crianças 

Coleção Sítio do Pica-Pau Amarelo

 
1921 - O Saci
1922 - Fábulas
1927 - As aventuras de Hans Staden
1930 - Peter Pan
1931 - Reinações de Narizinho
1932 - Viagem ao céu
1933 - Caçadas de Pedrinho
1933 - História do mundo para as crianças
1934 - Emília no país da gramática 
1935 - Aritmética da Emília
1935 - Geografia de Dona Benta
1935 - História das invenções
1936 - Dom Quixote das crianças
1936 - Memórias da Emília
1937 - Serões de Dona Benta
1937 - O poço do Visconde
1937 - Histórias de Tia Nastácia
1939 - O Pica Pau Amarelo
1939 - O minotauro
1941 - A reforma da natureza
1942 - A chave do tamanho
1944 - Os doze trabalhos de Hércules (dois volumes)
1947 - Histórias diversas
  
Outros Livros infantis
  

 
1920 - A menina do narizinho arrebitado
1921 - Fábulas de Narizinho
1921 - Narizinho arrebitado 1922 –
1924 - A caçada da onça
1924 - Jeca Tatuzinho
1924 - O noivado de Narizinho
1928 - Aventuras do príncipe
1928 - O Gato Félix
1928 - A cara de coruja
1929 - O irmão de Pinóquio
1929 - O circo de escavalinho
1930 - A pena de papagaio
1931 - O pó de pirlimpimpim
1933 - Novas reinações de Narizinho
1938 - O museu da Emília
}
 
Reinações de Narizinho


“  Numa casinha branca, lá no Sítio do Picapau Amarelo, mora uma velha de mais de sessenta anos. Chama-se Dona Benta. Quem passa pela estrada e a vê na varanda, de cestinha de costura ao colo e óculos de ouro na ponta do nariz, segue seu caminho pensando:
-Que tristeza viver assim tão sozinha neste deserto...
Mas engana-se. Dona Benta é a mais feliz das vovós, porque vive em companhia da mais encantadora das netas - Lúcia, a menina do narizinho arrebitado, ou Narizinho como todos dizem. Narizinho tem sete anos, é morena como jambo, gosta muito de pipoca e já sabe fazer uns bolinhos de polvilho bem gostosos.
Nas casa ainda existem duas pessoas - tia Nastácia, negra de estimação que carregou Lúcia em pequena, e Emília, uma boneca de pano bastante desajeitada de corpo. Emília foi feita por tia Nastácia, com olhos de retrós preto e sobrancelhas tão lá em cima que é ver uma bruxa. Apesar disso Narizinho gosta muito dela; não almoça nem janta sem a ter ao lado, nem se deita sem primeiro acomodá-la numa redinha entre dois pés de cadeira.

 
Obras para Adultos: 

1918 - O Saci Pererê (Baseado num inquérito)
1918 - Urupês
1918 - Problema vital
1919 -  Cidades mortas
1919 - Ideias de Jeca Tatu
1920 - Negrinha
1921 - A onda verde
1923 - O macaco que se fez homem
1923 - Mundo da lua
1923 - Contos escolhidos
1924 - O garimpeiro do Rio das Garças
1926 - O choque
1927 - Mr. Slang e o Brasil
1931 - Ferro
1932 - América
1933 - Na antevéspera
1935 - Contos leves
1936 - O escândalo do petróleo
1940 - Contos pesados
1941 - O espanto das gentes
1943 - Urupês, outros contos e coisas
1944 - A barca de Gleyre
1947 - Zé Brasil
1947 - Prefácios e entrevistas
1948 - Literatura do minarete
1948 - Conferências, artigos e crônicas
1948 - Cartas escolhidas
1948 - Críticas e outras notas
1948 - Cartas de amor

Urupês


O livro “ Urupês” , é um livro de contos e alguns deles são:
 
Os faroleiros
Dois homens conversam sobre faróis, e um deles conta sobre a tragédia do Farol dos Albatrozes, onde passou um tempo com um dos personagens da trama: Gerebita. Gerebita tinha um companheiro, chamado Cabrea, que ele alegava ser louco. Numa noite, travou-se uma briga entre Gerebita e Cabrea, vindo este a morrer. Seu corpo foi jogado ao mar e engolido pelas ondas. Gerebita alegava ter sido atacado pelos desvarios de Cabrea, agindo em legítima pessoa. Eduardo, o narrador, descobre mais tarde que o motivo de tal tragédia era uma mulher chamada Maria Rita, que Cabrea roubara de Gerebita.
O engraçado arrependido
Um sujeito chamado Pontes, com fama de ser uma grande comediante e sarrista, resolve se tornar um homem sério. As pessoas, pensando se tratar de mais uma piada do rapaz negavam-lhe emprego. Pontes recorre a um primo de influência no governo, que lhe promete o posto da coletoria federal, já que o titular, major Bentes, estava com sérios problemas cardíacos e não duraria muito tempo. A solução era matar o homem mais rápido, e com aquilo que Pontes fazia de melhor: contar piadas. Aproxima-se do major e, após várias tentativas, consegue o intento. Morte, porém inútil: Pontes se esquece de avisar o primo da morte, e o governo escolhe outra pessoa para o cargo.
O mata-pau
Dois homens conversam na mata sobre uma planta chamada mata-pau, que cresce e mata todas as outras árvores ao seu redor. O assunto termina no trágico caso de um próspero casal, Elesbão e Rosinha, que encontram um bebê em suas terras e resolvem adotá-lo. Crescido o menino, se envolve com a mãe e mata o pai. Com os negócios paternos em ruína, resolve vendê-los, o que vai contra os gostos da mãe-esposa. Esta quase acaba vítima do rapaz e vai parar num hospital, enlouquecida


Influências 

Lobato ostensivamente revelava, em seus livros, as influências que recebeu diretamente dos autores de obras infantis, desde os fabulistas clássicos, como Esopo e La Fontaine, aos personagens dos desenhos animados que então surgiam nas telas do cinema, como Popeye e sua trupe, o Gato Félix e outros. 
As crianças do Sítio visitavam e eram visitados por todas personagens do imaginário literário, e Peter Pan convivia ao lado de figuras folclóricas, como o Saci, tudo isto permeado pela forte presença de uma característica então comum no meio rural: a tradição oral de "contar histórias" - e quase sempre é assim que Tia Nastácia e Dona Benta introduzem aos leitores, os novos assuntos que dão mote aos livros do autor.
Dentre os clássico explicitamente citados por Lobato, encontram-se Lewis Carroll, Carlo Collodi (criador do Pinóquio) e J. M. Barrie, além de outros que, presume-se, tenham-no influenciado diretamente, dadas as semelhanças, como L. Frank Baum (de O Mágico de Oz) e Wilhelm Busch.



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